Bitcoin torna-se a nova paixão das empresas listadas
Recentemente, o Bitcoin voltou a ser o centro das atenções no mercado financeiro. No dia 30 de outubro, o preço do Bitcoin subiu temporariamente para 73660 dólares, a apenas 0.4% da máxima histórica de 73881.3 dólares alcançada em 14 de março. No atual ambiente político, o mercado prevê que o preço do Bitcoin possa chegar a 100 mil dólares até o final do ano.
Esta tendência também chamou a atenção das empresas cotadas. Recentemente, uma grande empresa de tecnologia declarou em documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que irá votar sobre a "avaliação do investimento em Bitcoin" na reunião de acionistas marcada para 10 de dezembro. Embora o conselho da empresa recomende a rejeição desta proposta, as atitudes dos acionistas variam.
Como uma das empresas mais conhecidas globalmente, o investimento da empresa em Bitcoin tem um significado profundo. Por outro lado, empresas que já atuaram, como a MicroStrategy, obtiveram retornos substanciais com investimentos em Bitcoin, estabelecendo um exemplo para outras empresas cotadas.
Gigantes da tecnologia consideram investir em Bitcoin
Devido a vários fatores, o Bitcoin teve um desempenho excelente recentemente. Desde o início do ano, o Bitcoin teve uma valorização superior a 56%, superando ativos globais de classes, incluindo ações de grandes empresas, ações de média e pequena capitalização, ações da Europa e dos EUA, commodities, títulos do governo, ouro, dinheiro, mercados emergentes e fundos de investimento imobiliário, demonstrando características extremamente fortes de resistência à inflação e ao ciclo.
O desempenho deste "ouro digital" não só atraiu investidores individuais, como também despertou o interesse de empresas de capital aberto. De acordo com os documentos da SEC, uma gigante da tecnologia incluiu a "avaliação do investimento em Bitcoin" na agenda da próxima reunião de acionistas.
A proposta foi iniciada por um think tank do comitê consultivo da empresa, sugerindo que a empresa invista pelo menos 1% de seus ativos totais em Bitcoin, com o argumento de que "as empresas devem considerar o Bitcoin como uma ferramenta de hedge para proteger o valor dos acionistas". No entanto, o conselho de administração da empresa se opõe a isso.
A diretoria afirmou que a equipe global de serviços financeiros e de investimento da empresa realizou uma avaliação abrangente de vários ativos que podem ser investidos, incluindo ativos que oferecem diversificação e proteção contra a inflação, bem como ativos que podem reduzir o risco de aumento das taxas de juros. Bitcoin e outras criptomoedas também estão sendo consideradas, e a empresa continuará a monitorar as tendências e desenvolvimentos relacionados.
O conselho enfatiza que a alta volatilidade do Bitcoin é um fator-chave a considerar ao avaliar investimentos. Embora os ativos criptográficos possam ter potencial, suas flutuações de preço acentuadas podem impactar o balanço patrimonial das empresas listadas, não se alinhando com uma estratégia robusta de alocação de ativos.
A decisão final depende da atitude da maioria dos acionistas. Os dados mostram que os dois maiores acionistas institucionais da empresa possuem, respetivamente, 8,95% e 7,30% das ações. Um dos acionistas já está envolvido no setor de criptomoedas, enquanto o outro adota uma atitude cautelosa em relação aos ativos criptográficos.
Independentemente do resultado da votação, a consideração da gigante da tecnologia em investir em Bitcoin tem um significado importante. Se a votação for aprovada, isso aumentará ainda mais o reconhecimento de mercado do Bitcoin, podendo desencadear uma reação em cadeia, levando mais empresas cotadas a incluir o Bitcoin nas suas estratégias financeiras. Mesmo que a votação falhe, essa consideração em si já indica que o Bitcoin está a caminho de se tornar mainstream.
Empresas listadas investindo em Bitcoin não é novidade
Na verdade, várias empresas listadas já investiram em Bitcoin. Os dados mostram que atualmente 29 empresas listadas possuem Bitcoin, totalizando 360.000 moedas, com um valor superior a 2,6 mil milhões de dólares. A mais representativa delas é a MicroStrategy.
Desde a primeira compra de Bitcoin em agosto de 2020, a MicroStrategy tem mantido uma estratégia de comprar e manter. Até o terceiro trimestre de 2024, a empresa adquiriu 252220 Bitcoins por aproximadamente 99 bilhões de dólares, tornando-se a empresa de capital aberto com mais Bitcoins no mundo. Recentemente, a MicroStrategy anunciou planos para arrecadar 42 bilhões de dólares nos próximos 3 anos para comprar mais Bitcoins.
Esta estratégia trouxe altos retornos para a MicroStrategy. A empresa comprou cada Bitcoin a um preço médio de cerca de 39266 dólares, enquanto o preço atual do Bitcoin já subiu para cerca de 72000 dólares. O preço das ações da MicroStrategy também atingiu um novo máximo em 25 anos, com um valor de mercado superior a 50 bilhões de dólares. Segundo relatos, o desempenho das ações da empresa nos últimos dois anos superou quase todas as grandes ações americanas, incluindo a NVIDIA.
Além da MicroStrategy, outras empresas conhecidas, como a Tesla, também possuem grandes quantidades de Bitcoin. Até o terceiro trimestre de 2024, a Tesla detinha Bitcoin no valor de 763 milhões de dólares, ocupando o quarto lugar entre as empresas listadas. Após reduzir sua participação em 75% no segundo trimestre de 2022, a Tesla não vendeu Bitcoin por 2 anos consecutivos, demonstrando uma visão otimista de longo prazo sobre o Bitcoin.
Conclusão
Apesar de as empresas cotadas enfrentarem desafios como a volatilidade e a conformidade ao investir em Bitcoin, à medida que o valor do Bitcoin cresce e o seu processo de mainstreaming avança, pode tornar-se normal incluí-lo como parte da alocação de ativos. Os EUA já aliviaram algumas regras de conformidade, como a mudança nas normas contábeis. O Conselho de Normas de Contabilidade Financeira dos EUA (FASB) emitiu novas regras que permitem a contabilização do valor justo do Bitcoin para os anos fiscais que começam após 15 de dezembro de 2024, o que ajudará as empresas cotadas a refletir com mais precisão o valor dos ativos em Bitcoin.
Em suma, a posição do Bitcoin nas empresas cotadas pode estar a mudar, podendo no futuro vir a ter uma aceitação e aplicação mais ampla.
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Bitcoin atinge novo recorde, gigantes da tecnologia podem investir em encriptação de ativos
Bitcoin torna-se a nova paixão das empresas listadas
Recentemente, o Bitcoin voltou a ser o centro das atenções no mercado financeiro. No dia 30 de outubro, o preço do Bitcoin subiu temporariamente para 73660 dólares, a apenas 0.4% da máxima histórica de 73881.3 dólares alcançada em 14 de março. No atual ambiente político, o mercado prevê que o preço do Bitcoin possa chegar a 100 mil dólares até o final do ano.
Esta tendência também chamou a atenção das empresas cotadas. Recentemente, uma grande empresa de tecnologia declarou em documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que irá votar sobre a "avaliação do investimento em Bitcoin" na reunião de acionistas marcada para 10 de dezembro. Embora o conselho da empresa recomende a rejeição desta proposta, as atitudes dos acionistas variam.
Como uma das empresas mais conhecidas globalmente, o investimento da empresa em Bitcoin tem um significado profundo. Por outro lado, empresas que já atuaram, como a MicroStrategy, obtiveram retornos substanciais com investimentos em Bitcoin, estabelecendo um exemplo para outras empresas cotadas.
Gigantes da tecnologia consideram investir em Bitcoin
Devido a vários fatores, o Bitcoin teve um desempenho excelente recentemente. Desde o início do ano, o Bitcoin teve uma valorização superior a 56%, superando ativos globais de classes, incluindo ações de grandes empresas, ações de média e pequena capitalização, ações da Europa e dos EUA, commodities, títulos do governo, ouro, dinheiro, mercados emergentes e fundos de investimento imobiliário, demonstrando características extremamente fortes de resistência à inflação e ao ciclo.
O desempenho deste "ouro digital" não só atraiu investidores individuais, como também despertou o interesse de empresas de capital aberto. De acordo com os documentos da SEC, uma gigante da tecnologia incluiu a "avaliação do investimento em Bitcoin" na agenda da próxima reunião de acionistas.
A proposta foi iniciada por um think tank do comitê consultivo da empresa, sugerindo que a empresa invista pelo menos 1% de seus ativos totais em Bitcoin, com o argumento de que "as empresas devem considerar o Bitcoin como uma ferramenta de hedge para proteger o valor dos acionistas". No entanto, o conselho de administração da empresa se opõe a isso.
A diretoria afirmou que a equipe global de serviços financeiros e de investimento da empresa realizou uma avaliação abrangente de vários ativos que podem ser investidos, incluindo ativos que oferecem diversificação e proteção contra a inflação, bem como ativos que podem reduzir o risco de aumento das taxas de juros. Bitcoin e outras criptomoedas também estão sendo consideradas, e a empresa continuará a monitorar as tendências e desenvolvimentos relacionados.
O conselho enfatiza que a alta volatilidade do Bitcoin é um fator-chave a considerar ao avaliar investimentos. Embora os ativos criptográficos possam ter potencial, suas flutuações de preço acentuadas podem impactar o balanço patrimonial das empresas listadas, não se alinhando com uma estratégia robusta de alocação de ativos.
A decisão final depende da atitude da maioria dos acionistas. Os dados mostram que os dois maiores acionistas institucionais da empresa possuem, respetivamente, 8,95% e 7,30% das ações. Um dos acionistas já está envolvido no setor de criptomoedas, enquanto o outro adota uma atitude cautelosa em relação aos ativos criptográficos.
Independentemente do resultado da votação, a consideração da gigante da tecnologia em investir em Bitcoin tem um significado importante. Se a votação for aprovada, isso aumentará ainda mais o reconhecimento de mercado do Bitcoin, podendo desencadear uma reação em cadeia, levando mais empresas cotadas a incluir o Bitcoin nas suas estratégias financeiras. Mesmo que a votação falhe, essa consideração em si já indica que o Bitcoin está a caminho de se tornar mainstream.
Empresas listadas investindo em Bitcoin não é novidade
Na verdade, várias empresas listadas já investiram em Bitcoin. Os dados mostram que atualmente 29 empresas listadas possuem Bitcoin, totalizando 360.000 moedas, com um valor superior a 2,6 mil milhões de dólares. A mais representativa delas é a MicroStrategy.
Desde a primeira compra de Bitcoin em agosto de 2020, a MicroStrategy tem mantido uma estratégia de comprar e manter. Até o terceiro trimestre de 2024, a empresa adquiriu 252220 Bitcoins por aproximadamente 99 bilhões de dólares, tornando-se a empresa de capital aberto com mais Bitcoins no mundo. Recentemente, a MicroStrategy anunciou planos para arrecadar 42 bilhões de dólares nos próximos 3 anos para comprar mais Bitcoins.
Esta estratégia trouxe altos retornos para a MicroStrategy. A empresa comprou cada Bitcoin a um preço médio de cerca de 39266 dólares, enquanto o preço atual do Bitcoin já subiu para cerca de 72000 dólares. O preço das ações da MicroStrategy também atingiu um novo máximo em 25 anos, com um valor de mercado superior a 50 bilhões de dólares. Segundo relatos, o desempenho das ações da empresa nos últimos dois anos superou quase todas as grandes ações americanas, incluindo a NVIDIA.
Além da MicroStrategy, outras empresas conhecidas, como a Tesla, também possuem grandes quantidades de Bitcoin. Até o terceiro trimestre de 2024, a Tesla detinha Bitcoin no valor de 763 milhões de dólares, ocupando o quarto lugar entre as empresas listadas. Após reduzir sua participação em 75% no segundo trimestre de 2022, a Tesla não vendeu Bitcoin por 2 anos consecutivos, demonstrando uma visão otimista de longo prazo sobre o Bitcoin.
Conclusão
Apesar de as empresas cotadas enfrentarem desafios como a volatilidade e a conformidade ao investir em Bitcoin, à medida que o valor do Bitcoin cresce e o seu processo de mainstreaming avança, pode tornar-se normal incluí-lo como parte da alocação de ativos. Os EUA já aliviaram algumas regras de conformidade, como a mudança nas normas contábeis. O Conselho de Normas de Contabilidade Financeira dos EUA (FASB) emitiu novas regras que permitem a contabilização do valor justo do Bitcoin para os anos fiscais que começam após 15 de dezembro de 2024, o que ajudará as empresas cotadas a refletir com mais precisão o valor dos ativos em Bitcoin.
Em suma, a posição do Bitcoin nas empresas cotadas pode estar a mudar, podendo no futuro vir a ter uma aceitação e aplicação mais ampla.